História do Carnaval



Um pouco da História do CARNAVAL

604 é Considerado o marco zero do carnaval, ano em que o Papa Gregório I ordena que os fieis deveriam dedicar 40 dias para os atos espirituais. No ano de 1091 o Papa Urbano II define que dias do ano deveria ser dedicado para aos referidos atos espirituais:

O primeiro dia seria a Quarta-Feira de Cinzas e o último o Domingo de Páscoa.

Os últimos dias de farra passaram a se chamar "Carnevale" (italiano) que pode ter a tradução de "adeus a carne" já que não poderia ser consumida durante a quaresma.

Amanhã tem mais.

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O carnaval é 40 dias antes da Páscoa e a Páscoa é no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera no hemisfério norte. Geralmente o início da primavera é no dia 20 de março, então é só procurar a primeira lua cheia após essa data e o primeiro domingo após a lua cheia e está marcada a Páscoa.
Com a marcação da Páscoa fica marcado o carnaval e também o Corpus Christi que é 50 dias depois da Páscoa.


Amanhã tem mais.
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Chega ao Brasil com os Portugueses, baseado no ENTRUDO, onde verificava-se o uso de máscaras, orgias alimentares e a atração principal não poderia ser outra se não a BATALHA (MELA MELA) que poderia ser de lama, água, farinha, limões de cheiro, bolinhas de cera com água ou perfume dentro, chagando ao limite de urina e fezes. O entrudo poderia ser dividido em dois tipos: o doméstico e o popular. O entrudo foi duramente coibido pelas autoridades chegando a ser proibido oficialmente:

A Folhinha de Almanak ou Diario Ecclesiastico e Civil para as Províncias de Pernambuco, Parahyba, Rio Grande do Norte, Ceará e Alagoas, publicada no Recife, em 1858 (p. 96), traz um regulamento para a brincadeira na época:

“ENTRUDO E MASCARAS

Extracto do regulamento de 2 de fevereiro de 1858
 

He expressamente prohibido o jogo de entrudo com água, limas de cheiro, lama, fructas podres e outro qualquer objecto.
Os mascaras não podem usar de caracter alusivo à religião ou pessoas designadas.
Os escravos não podem usar de mascaras.
As armas dos mascaras serão de papelão ou madeira frágil.
Os mascaras por occasião do carnaval só podem transitar pelas ruas até as 8 horas da noite.
Não se permitte fazer perguntas ou travar conversações com o s mascaras, que não sejam decentes: assim como o procurar descobrir o segredo dos mascaras.
Serão punidos os mascaras que praticarem actos indecentes ou provocarem rixas.”

Retirado de:
Fonte: GASPAR, Lúcia. Entrudo. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: 28 dez 2011.

O Mela Mela em Olinda:

A brincadeira do mela-mela e os blocos que fazem alusão ao tema - como Os Ensaboados - poderão ser banidos do Carnaval de Olinda, pelo menos se depender da vontade do secretário do Patrimônio Cultural e Turismo da cidade e presidente da Comissão do Carnaval, Wellington Paes Barreto. "O mela-mela não tem nada a ver com o tradicional Carnaval de rua da cidade. É uma brincadeira de grupos particulares, que agride o folião. Fecha ruas, para melar quem passa", declarou Barreto.

Fonte: http://www.dpnet.com.br/anteriores/1998/01/08/urbana9_0.html

Amanhã tem mais.

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A Rua sempre esteve mais ligara ao povo, as elites preferiam abrigar-se, ora em casa grande de fazenda, ora em sobrado rico. Para o povo restava o mocambo e a rua. Para as elites, com ingressos, os Bailes de Carnaval aconteciam “nos salões das residências e nos teatros”, inspirados no carnaval de Veneza e Paris, “valsas, polcas e quadrilhas animavam o festejo”.
Para o restante da população “restava as festas menores” animadas por um piano que executava galopes (ritmo que imitava o passo dos cavalos).Aqui já se registrava a presença de maracatu e bumba-meu-boi, que junto com “as festas menores eram chamados de entrudo. Carnaval era só a festa da elites.
Com as reformas urbanas (principalmente das ruas) as elites começam a sair as ruas no carnaval...
Mas isso é outra história... amanhã tem mais.
Pesquisa: Frevo 100 Anos de Folia - Timbro Editora





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A batalha pela Rua

O pobre, o do mucambo já estava na rua quando as elites resolvem sair as ruas. O que diferenciava o rico do pobre eram as mascaras – O que ficou conhecido como MASCARADA – em seguida foi criado os blocos de alegorias e criticas.

Um bloco famoso foi o “Teatro João Minhoca” – que tinha homens vestidos de mulheres – tradição que persiste até hoje. 

O objetivo das elites era inequivocamente retirar das ruas o carnaval pobre – ainda tido como entrudo. Neste contexto começa a surgir os blocos das classes operarias, que saiam as ruas de forma organizada a pé (Clubes Pedestres) em contrapartida da burguesia que saia as ruas em carros alegóricos. As manobrar cenográficas também era marca registrada dos Clubes Pedestres.

Por hoje é só... Amanhã tem mais.

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